Minha solidão
ligeiramente claustrofóbica
ingenuamente melancólica
levemente deprimida.
Observo meus próprios caminhosno percurso, no trânsito...
meu reflexo perdido
escondido no asfalto.
Calada, minhas palavras
não ferem, não enganam,
não amam e não deságuam
torrentes descontroladas.
Posso cantar,chorar,
tremer, suspirar...
sou a verdade que doa
a mim, se doer.
Sozinha me vejo
diante de minha irmã
sombra, que me visita
e me aguarda pacientemente
resolver minha rotina.
Dela não escapo, embora tente.
Ela me espreita...
que sujeita insistente!!
Anna Gonçalves
Nenhum comentário:
Postar um comentário